terça-feira, 21 de agosto de 2012

Do jornal Folha de São Paulo

Elton John teme que seu filho, Zachary, sofra com homofobia

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DA FRANCE PRESSE
O astro pop Elton John acredita que a infância do seu filho, Zachary, será "muito difícil", tendo que enfrentar a homofobia e o impacto da fama de seu pai, afirmou o cantor e compositor em entrevista publicada nesta terça-feira (21).
Em 25 de dezembro de 2010, o astro britânico de 65 anos e seu companheiro civil, David Furnish, 49, se tornaram pais de um menino concebido com o óvulo de uma doadora e gerado no ventre de uma mãe de aluguel.
Mas o cantor e compositor disse que está se preparando para o que seria uma fase difícil durante o crescimento de seu filho, agora com 19 meses, declarou ao programa semanal britânico Radio Times.
"Na escola as outras crianças dirão: 'Você não tem uma mãe'", afirmou John.

The Straits Times/Desmond Foo/Associated Press
O cantor Elton John (à esq.) ao lado do marido, David Furnish, e do filho, Zachary, em 2011
O cantor Elton John (à esq.) ao lado do marido, David Furnish, e do filho, Zachary, em 2011
"Percorremos um longo caminho, mas ainda existe homofobia e haverá até que a próxima geração de pais trabalhe isso com seus filhos", acrescentou.
O cantor explicou que o menino lida com naturalidade com a sua origem: "É natural para ele. Ele me chama 'papai' e a David, 'paizinho'".
O cantor, cujo remake em 1997 de seu sucesso "Candle in the Wind", de 1973, vendeu 33 milhões de cópias, disse que o filho ainda não compreende a fama do pai.
"Quando descobrir, ele vai olhar para mim como se eu fosse maluco", afirmou.
"Ser filho de alguém famoso é como estar numa prisão. Será muito difícil", acrescentou.
John explicou que agora tenta dar ao filho uma criação musical.
"Quero que a música seja grande parte da vida dele. Eu o coloco no colo e ele não esmurra o piano", contou.
"Ele tenta me imitar, mas ainda não está totalmente formado para compreender o que eu faço, graças a Deus", continuou.
John disse ter apresentado a Zachary compositores clássicos como Chopin, Mozart e Beethoven desde muito cedo, mas afirmou que seu filho demonstrou mais interesse em futebol e culinária.
"Eu não pressiono Zachary a fazer nada. Até agora, ele simplesmente adora chutar a bola e ver as pessoas cozinharem", contou.
Na entrevista, John também elogiou Madonna, apesar de recentemente ter posto lenha na fogueira da eterna disputa com a cantora americana, durante entrevista à TV austaliana, na qual ele disse que ela parecia uma "stripper de feira" cuja carreira chegou ao fim.
"Madonna pegou a indústria pelo pescoço, criou oportunidades para outras mulheres, como (Lady) Gaga e Katy Perry", disse à Radio Times.
Sobre sua própria carreira, afirmou: "Eu me aposentaria se sentisse que a voz foi embora, mas aos 65 está cada dia melhor e estou no ponto alto da minha vida".
Elton John vendeu mais de 250 milhões de cópias em 40 anos de carreira e ingressou no Hall da Fama do Rock and Roll em 1994.

sábado, 18 de agosto de 2012

Ensino Médio e sua média


Ensino médio e sua média

Publicação: 18 de Agosto de 2012 às 00:00


Os índices apresentados pelo Ministério da Educação, esta semana, mostrando como anda o ensino básico no país revelam a manutenção de um quadro desanimador no Nordeste e, sobretudo, nos dois estados que costumam disputar com todo empenho a lanterninha no quesito Educação. No ensino médio, depois da implantação de várias experiências tidas como inovadoras, o Rio Grande do Norte mantém com "firmeza" o desempenho de 2009.

Considerado lamentável na época, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do ensino médio naquele ano ficou em 3,1 pontos. A surpresa agora é que o lamentável percentual do Ideb se mantém nos resultados de 2011, apresentados esta semana.O Rio Grande do Norte mantém a luta implacável pela lanterninha com o estado de Alagoas. Os dois estão mostrando que fazem questão de terem o pior ensino médio do Brasil. Nota de 3,1 no Ideb do ensino médio é uma reprovação explícita para o que tem sido feito até aqui, sobretudo na rede pública que é a que puxa os índices para baixo.O ensino médio nacional obteve média de 5 pontos. A média do Nordeste foi de 3,5 pontos. Alagoas alcançou média de 2,9 pontos. Na cola do estado de Alagoas, aparece o Rio Grande do Norte com 3,1 pontos.

Batata quente

O ministro de Educação, professor Aloísio Mercadante, jogou a batata quente do fraco desempenho do ensino médio, como registrou o Ideb, para os estados. Para ele existe um imenso desafio pela frente e para melhorar a modalidade de ensino será preciso estruturar primeiramente o currículo. É extenso, são 13 disciplinas, mas tem escola com 19 matérias complementares. É matéria demais. O horário noturno é um problema sério e o ministro exige que as secretarias estaduais de ensino, que são responsáveis pelo ensino médio, desenvolvam com mais eficiência os projetos do MEC nas escolas, como Pronatec e ensino médio inovador. Em tempo: 97% das escolas de ensino médio no País pertencem às redes estaduais de ensino, mas as mais qualificadas são as escolas técnicas e os institutos federais todos vinculados ao governo federal.

Disciplinas básicas

Em meio a tantos problemas gerados em todo do ensino médio no país, um deles tem chamado atenção de especialistas nos últimos dias. É a carência de professores em disciplinas básicas que pode comprometer terrivelmente sua grade curricular, como no ensino de exatas. Para Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento "Todos Pela Educação", a Química não está sendo ensinada adequadamente no ensino médio. Aqui no RN, no curso de física da URFN, por exemplo, são poucos os alunos interessados em ingressar no quadro de professores seja lá de escola pública ou particular. O problema é sério.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MEC propõe mudanças no currículo

MEC vai propor a fusão de disciplinas do ensino médio

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FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
O Ministério da Educação prepara um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas sejam distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).
Mudança é boa, mas difícil de aplicar, dizem educadores
Enem será o modelo do novo currículo, afirma Mercadante
A mudança prevê que alunos de escolas públicas e privadas passem a ter, em vez de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza).
A proposta deve ser fechada ainda neste ano e encaminhada para discussão no Conselho Nacional de Educação, conforme a Folha informou ontem. Se aprovada, vai se tornar diretriz para todo o país.

Editoria de arte/Folhapress
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os alunos passarão a receber os conteúdos de forma mais integrada, o que facilita a compreensão do que é ensinado.
"O aluno não vai ter mais a dispersão de disciplinas", afirmou Mercadante ontem, em entrevista à Folha.
Outra vantagem, diz, é que os professores poderão se fixar em uma escola.
Um docente de física, em vez de ensinar a disciplina
em três colégios, por exemplo, fará parte do grupo de ciências da natureza em uma única escola.
Ainda não está definida, porém, como será a distribuição dos docentes nas áreas.
A mudança curricular é uma resposta da pasta à baixa qualidade do ensino médio, especialmente o da rede pública, que concentra 88% das matrículas do país.
Dados do ministério mostram que, em geral, alunos das públicas estão mais de três anos defasados em relação aos das particulares.
Educadores ouvidos pela reportagem afirmaram que a proposta do governo é interessante, mas a implementação é difícil, uma vez que os professores foram formados nas disciplinas específicas.
O secretário da Educação Básica do ministério, Cesar Callegari, diz que os dados do ensino médio forçam a aceleração nas mudanças, mas afirma que o processo será negociado com os Estados, responsáveis pelas escolas.
Já a formação docente, afirma, será articulada com universidades e Capes (órgão da União responsável pela área).
Uma mudança mais imediata deverá ocorrer no material didático. Na compra que deve começar neste ano, a pasta procurará também livros que trabalhem as quatro áreas do conhecimento.
Organização semelhante foi sugerida em 2009, quando o governo anunciou que mandaria verbas a escolas que alterassem seus currículos. O projeto, porém, era de caráter experimental.

    segunda-feira, 13 de agosto de 2012

    Cristovaam Buarque defende impeachment para quem não paga o piso

    Cristovam sugere impeachment de gestores que não pagam piso do magistério
    Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR





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    Cristovam sugere impeachment de gestores que não pagam piso do magistério. Imagem: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press/Arquivo
    Imagem: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press/Arquivo

    Os gestores públicos que não pagarem o piso salarial do magistério deveriam ser afastados de suas funções. É o que defendeu o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) nesta sexta-feira, durante a sessão plenária do Senado. Ele disse ainda que a greve dos professores não deveria paralisar completamente as atividades, para evitar prejudicar os estudantes. Em contrapartida, sugeriu que as demais categorias de trabalhadores entrassem em greve geral em apoio aos docentes.

    Atualmente o piso salarial nacional dos professores equivale a R$ 1.458,00 – um valor que alguns estados e muitas prefeituras alegam não serem capazes de pagar. Isso gerou no país, segundo o senador, “uma explosão de greves”. A lei que instituiu o piso (lei 1.738/2008) tem origem em projeto de lei do senado (PLS 59/2004) de autoria de Cristovam.

    "Não estou satisfeito, pois é lamentável que a lei ainda não esteja sendo cumprida, mas também acho lamentável que por causa dessa lei tenhamos crianças sem aula nos dias de hoje. Não consigo deixar de apoiar os professores, mas não consigo ser solidário com greve de aulas", disse o senador, ao informar que vai levar o não cumprimento da lei à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.

    Cristovam Buarque ainda sugeriu que os trabalhadores das obras de construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 parem suas atividades e alguns representantes do magistério ocupem os canteiros onde elas são erguidas. Desta forma, disse Cristovam, o descaso com os professores brasileiros chamará a atenção do mundo.

    "Vamos tentar os caminhos legais, oficiais, sem parar as aulas. É possível, sim, greve de professores com aulas funcionando. Os trabalhadores brasileiros, ao ficarem somente na ideia do contracheque, sem uma preocupação com o boletim, estão condenando seus filhos ao desemprego, ou a subempregos, ou a baixos salários. Está na hora de os trabalhadores se envolverem nessa luta", disse o senador.

    Estudantes do Colégio Cristo Rei, da Cidade Ocidental (GO), em visita ao Senado, aplaudiram o pronunciamento de Cristovam Buarque.
    Da Agência Senado

    Piso do magistério para 2013

    O piso do magistério previsto para 2013 promete um reajuste de 21,2%, o que elevaria o piso para o valor a´proximado de 1.758,00. Esperamos que os novos prefeitos tenham o compromisso já em janeiro de repassar ao servidor o aumento, para perdas não se acumulem mais e mais.

    Lula sabia do mesalão,diz advogado de roberto jeferson

    Advogado de Roberto Jeferson diz: O ex-presidente Lula não só sabia , como era o mandante, quem autorizava o esquema do esquema do Mensalão. O PT acima de qualquer suspeita, o PT exemplar,,, modelo de transparência administrativa. È brincadeira,,,, Agora ouçam o discurso demagógico e falso de um petista: Na fala deles todos são lad~roes, rapinas, corruptos, ninguem presta. O povo de Janduís está se mostrando sábio nas primeiras manifestações tendenciosas a por fim a uma monarquia , rsrsrs. Ao dia 7 de outubro!!!!

    domingo, 12 de agosto de 2012

    A ilusao do consumismo

  1. Lya Luft: “Vejo multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso constituísse um bem em si e promovesse real crescimento do país. (…) Isso não é subir de classe social”
  2. Consumo desenfreado = falso crescimento econômico (Foto: Philippe Huguen / AFP)
    Consumo desenfreado = falso crescimento econômico (Foto: Philippe Huguen / AFP)
    (Artigo publicado na edição impressa de VEJA)
    DEGRAUS DA ILUSÃO
    Lya Luft
    Lya Luft
    Fala-se muito na ascensão das classes menos favorecidas, formando uma “nova classe média”, realizada por degraus que levam a outro patamar social e econômico (cultural, não ouço falar). Em teoria, seria um grande passo para reduzir a catastrófica desigualdade que aqui reina.
    Porém receio que, do modo como está se realizando, seja uma ilusão que pode acabar em sérios problemas para quem mereceria coisa melhor. Todos desejam uma vida digna para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes.
    Porém, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso constituísse um bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos com os juros mais altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os serviços (saúde, comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem nos impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas.
    Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do pátio no fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não conseguem pagar as prestações, que ainda se estendem por anos.
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    "Somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas" (Foto: VEJA.com)
    Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma opinião sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato continue crescendo – e, como somos alienados e pouco informados, tocamos a comprar.
    Sou de uma classe média em que a gente crescia com quatro ensinamentos básicos: ter seu diploma, ter sua casinha, ter sua poupança e trabalhar firme para manter e, quem sabe, expandir isso. Para garantir uma velhice independente de ajuda de filhos ou de estranhos; para deixar aos filhos algo com que pudessem começar a própria vida com dignidade.
    Tais ensinamentos parecem abolidos, ultrapassadas a prudência e a cautela, pouco estimulados o desejo de crescimento firme e a construção de uma vida mais segura. Pois tudo é uma construção: a vida pessoal, a profissão, os ganhos, as relações de amor e amizade, a família, a velhice (naturalmente tudo isso sujeito a fatalidades como doença e outras, que ninguém controla). Mas, mesmo em tempos de fatalidade, ter um pouco de economia, ter uma casinha, ter um diploma, ter objetivos certamente ajuda a enfrentar seja o que for. Podemos ser derrotados, mas não estaremos jogados na cova dos leões do destino, totalmente desarmados.
    Somos uma sociedade alçada na maré do consumo compulsivo, interessada em “aproveitar a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que inúteis, quando deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores escolas e universidades, tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, saúde excelente, e verdadeiro crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta conversa vã, não protegidos, mas embaixo de peneiras com grandes furos, que só um cego ou um grande tolo não vê.
    A mais forte raiz de tantos dos nossos males é a falta de informação e orientação, isto é, de educação. E o melhor remédio é investir fortemente, abundantemente, decididamente, em educação: impossível repetir isso em demasia. Mas não vejo isso como nossa prioridade.
    Fosse o contrário, estaríamos atentos aos nossos gastos e aquisições, mais interessados num crescimento real e sensato do que em itens desnecessários em tempos de crise. Isso não é subir de classe social: é saracotear diante de uma perigosa ladeira. Não tenho ilusão de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto